Texto Regina Guimarães
Encenação Igor Gandra
Música Fernando Rodrigues
Marionetas Maria Jorge Vilaverde
Interpretação Carla Veloso e Igor Gandra
Operação de Cena Virgínia Moreira, Frederico Godinho / Gil Rovisco
Figurinos Bianca Bast
Desenho de Luz Rui Maia
Fotografia de Cena Susana Neves
Direcção de montagem Frederico Godinho
Construção das Marionetas Júlio Alves
Oficina de construção Frederico Godinho, Virgínia Moreira, Gil Rovisco, Ricardo Graça e Nuno Bessa
Design Gráfico Miguel Neiva
Produção Teatro de Ferro
Duração 50 minutos
CE M/4 anos
Co-produção Teatro de Ferro, Fundação Ciência e Desenvolvimento/Serviço Educativo do Teatro do Campo Alegre, Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas de Lisboa
Espectáculo de marionetas, a partir do conto homónimo recolhido pelos irmãos Grimm. Em Branca de Neve, o conto é respeitado no que consideramos como a sua essência e, consequentemente, o maior ponto de interesse: a estreita relação com o crescimento da criança e a forma como esta se relaciona com o mundo exterior e interior, o ultrapassar dos medos e o surgimento de ajuda nos momentos mais necessários.
É para nós (TdF) um desafio interessante, construir um objecto artístico a partir de uma narrativa tão amplamente conhecida, sem cair nos estereótipos que foram sendo impostos ao longo de décadas. Basta pensarmos que “Branca de Neve e os Sete Anões”, foi a primeira longa-metragem dos estúdios Disney e esta é a principal referência da generalidade do público. A nossa intenção é recuperar os aspectos mais subterrâneos e libertadores contidos em “Branca de Neve”, actualizando-os, sem recorrer a subterfúgios de origem moral ou comercial. Um olhar cuidadoso mostra a permanência nesta estória de certos elementos que têm sido pouco explorados e poderão permanecer motes inovadores.
Procuramos um espectáculo intimista e surpreendente em que os espectadores, como quem ouve um conto, se sintam absorvidos pelas palavras e imagens, criando outras (as suas próprias?) imagens.
Teatro de Ferro
Branca de Neve desenvolve-se num presente disfarçado de futuro. É a história antiga e nova de uma menina antiga e nova que enfrenta o perigo de crescer e o perigo de ficar para sempre pequenina. Ajudada por sete criaturas mais pequenas em tamanho do que ela mas bastante mais crescidas em juízo, Branca terá de dormir longos anos até poder voltar a viver os seus sonhos de menina. Sempre que uma menina anda perdida, na floresta ou na selva das cidades, há que acreditar que, mais arte ou mais cedo, ela se vai encontrar.
Regina Guimarães