Poemas Bertold Brecht
Direcção Igor Gandra e Carla Veloso
Intérpretes Jovens, Adultos e Técnicos da Qualificar para Incluir - Ana Ruivo, Bruno Barradas, Bruno Cruz, Bruno Marques, Bruno Silva, Dino Cardoso, Elisa Rodrigues, Joaquim Santos, Juliana Malhadinha, Luís Duarte, Manuel Sousa, Márcio Teixeira, Maria José Jesus, Patrícia Marques Sousa, Pedro Moreira, Ruben Coelho, Sandra Coelho, Susana Marques Sousa - Jovens, Adultos e Técnicos da Qualificar para Incluir
Desenho de Luz Gil Rovisco/Teatro de Ferro
Fotografia de Cena Susana Neves
Montagem Técnica Teatro de Ferro com apoio da Tudo Faço - Américo Castanheira
Produção Executiva Isabel Nogueira
Registo Audiovisual Sandra Teixeira e Patrícia Gomes [estagiárias da Escola Profissional do Centro Juvenil de Campanhã]
CE - M/12 anos Duração 40 minutos
Co-produção Teatro de Ferro e Qualificar para Incluir Associação de Solidariedade Social.
Parceria entre o Teatro de Ferro e a Qualificar para Incluir. O que vale(m) a(s) palavra(s)? De que modo se transforma o nosso pensamento no convívio das (e com as) palavras? Os poemas de Bertolt Brecht serviram de pretexto para uma série de questionamentos e reflexões sobre o mundo-espectáculo que habitamos e os papéis que nele nos cabem, nos atribuem ou a que nele nos remetemos. Ao longo dos dias em que nos dedicámos a tentar compreender Brecht e os seus poemas, tentámos também conhecer um pouco melhor o tempo em que foram escritos. Neste exercício pudemos verificar que a maior parte destes poemas “tem uma grande actualidade”, mudando um ou outro nome, substituindo um país por outro. Entretanto, chegámos também a uma outra conclusão (que pedimos emprestada a um filósofo do nosso tempo), mais do que colocarmos a questão sobre se “hoje ainda fará sentido ler e dizer Brecht…”, devemos proceder a uma inversão dos termos e interrogar sobre o que diria Brecht, se pudesse ver o que hoje estamos a viver?... Os participantes neste projecto transformaram-se voluntariamente em pessoas-poema. * Neste jogo de aprendizagens, procurámos promover pequenas e importantes melhorias no domínio da fala. Os poemas lidos ao longo das sessões de trabalho servem-nos também de laboratório [labororatório] de experimentação, em que os limites da nossa máquina de falar são testados e constantemente ultrapassados. A passagem da leitura privada em voz baixa à leitura pública, partilhada a viva voz, terá sido a conquista principal deste colectivo.
Igor Gandra e Carla Veloso
* um pouco como os homens-livro do filme Farenheit 451 de François Truffaut, baseado no conto homónimo de Ray Bradbury. Restar-nos-á esperar que a guerra comece - ou será que já começou?