Daydream

Direcção e Cenografia Igor Gandra

Texto Regina Guimarães

Marioneta Maria Jorge Vilaverde e Júlio Alves

Desenho de Luz Rui Maia

Interpretação Carla Veloso e Igor Gandra

Vídeo TdF

Direcção de Montagem Virgínia Moreira

Oficina de Construção Gil Rovisco e Virgínia Moreira

Fotografia de Cena Susana Neves

Produção Teatro de Ferro

Duração 50 minutos aproximadamente

CE M/12 anos

Daydream é uma incursão num território híbrido. Este espectáculo teve como ponto de partida a leitura do conto As Ruínas Circulares, de Jorge Luís Borges. Daydream foi construído sobre uma ideia de fragmentos de ilusão, uma ilusão convencionada, uma convenção reinventada a cada momento - lampejos de lucidez na vigília ou um cabecear sonolento em direcção a um universo onírico, os dois caminhos parecem entrecruzar-se. O espectáculo que aqui se apresenta é também o registo destes percursos, como tatuagens num corpo em transformação. Indícios ou vestígios de uma presença anterior.

O que fazer com o espaço entre manipulador e forma animada, e aquele outro entre esta e o espectador?

As pequenas mortes e o despertar. A marioneta e o habitante do sonho, possuem ambos uma característica (in)comum: são capazes de morrer de forma muito mais autêntica do que qualquer outro actor. O sonho e o espectáculo têm apenas como certo o seu fim. Não é necessariamente triste. É, por vezes, reconfortante. Um alívio.

Teatro de Ferro