Pandora

Canções e Poemas Regina Guimarães

Outros textos Igor Gandra

Encenação Carla Veloso e Igor Gandra

Música Fernando Rodrigues

Cenografia e Marionetas Igor Gandra

Interpretação Carla Veloso, José Pedro Ferraz e Igor Gandra

Desenho de Luz Gil Rovisco / Teatro de Ferro

Fotografia de Cena Susana Neves

Direcção de Montagem Gil Rovisco

Oficina de Construção Nuno Bessa, Américo Castanheira, Catarina Falcão, Mário Gandra, Sofia Marques, Joana Nina [estagiária do Chapitô]

Confecção dos figurinos das Marionetas Ana Maria Ferreira

Produção Executiva Isabel Nogueira

Agradecimentos Deolinda Fernandes, Maria Rovisco e Saguenail

Duração 50 minutos

CE M/ 6 anos de idade

Produção Teatro de Ferro

Este é um espectáculo sobre os múltiplos espectáculos que PANDORA é, ou podia ter sido...

A nossa PANDORA versa sobre os influxos do desejo no processo de criar e a sua relação com a gestão das expectativas. O que esperar de um ensaio? E de um espectáculo enquanto “a coisa já feita”, mais ou menos cozinhada à vista? O que sai de dentro destas caixas é sempre diferente daquilo que podemos imaginar, deve ser (por) essa a razão porque nunca deixamos de as abrir.

Pandora é uma menina/mulher que está a crescer e, no [des]conforto do lar, dá a volta ao mundo. Parte à descoberta de outros sentidos que, quando teimamos em experimentar, sabemos que podemos encontrar...

Um número infindável de caixas (ou será sempre a mesma?) corporiza o espectro que anima esta nossa Pandora. Procuramos, dentro e fora da caixa, algumas ideias que têm em comum o desígnio de re-centrar o olhar sobre o ‘lugar de onde se vê’, sobre aquilo que já se viu.

Neste processo acabámos por reflectir também sobre a transitoriedade que define uma acção enquanto tal, quer dizer, sobre o modo como esta se inscreve no tempo através do olhar de quem a pratica e de quem a observa - o actor marionetista é, afinal, ambos.

A narrativa mitológica original vai ressurgindo, de tempos a tempos, sob a forma de cenas curtas, cujos estilos variam entre o musical de intervenção e o neo-realismo mágico. Nesta caixa de palco, o público, de todas as idades(,) vê libertada uma sequência de imagens intrigantes e inusuais, onde os “males do mundo” são (re)tratados com convicção e humor. Do passado para o presente, uma promessa de futuro.

No final, convidamos o estimado público para um ritual de proximidade. Entre mini panquecas(, )quentes e boas – em comunhão, conversaremos sobre o que acabou de nos acontecer.

Carla Veloso e Igor Gandra