Sexta-Feira

Direcção Igor Gandra

Encenação Igor Gandra

Texto João Pedro Domingos d’Alcântara Gomes

Música Fernando Rodrigues

Vídeo Luís Espinheira

Movimento Carla Veloso

Desenho de luz Rui Maia

Interpretação Ana Gabriel Mendes ou Carla Veloso, José Pedro Ferraz, Julieta Rodrigues, Rodrigo Malvar

Direcção de Montagem Virgínia Moreira

Oficina de Construção Frederico Godinho [coordenação]; Gil Rovisco, Nuno Bessa, Inês Mamede

Agradecimentos Galeria Pedro Oliveira, Qualificar para Incluir Associação de Solidariedade Social

Participação especial 4 Elementos [M/ 12 anos]

Fotografia de Cena Susana Neves

Duração 50 minutos

Espectáculo para M/ 12 anos

Co-produção Teatro de Ferro. Festival Internacional de Marionetas e Teatro Municipal de Faro / Serviço Educativo

Em Sexta-Feira, somos levados a embarcar nas aventuras de Robinson Crusoe, de Daniel Defoe. Recontar esta história de náufragos, foi o desafio a que nos propusemos. 
Depois de Gabriel Garcia Marquez, de John Maxwel Cotzee, Stig Dagerman, entre outros, na literatura e de inúmeras visões cinematográficas e televisivas, o que haverá ainda a dizer acerca de um náufrago? 
Tendo como ponto de partida um tema tão presente no imaginário colectivo (...lembramo-nos dos questionários com que a imprensa generalista nos presenteia em cada ano na chamada silly season: o que levaria para uma ilha deserta? R: a) uma faca de mato?, b) o Ser e Tempo do M. Heidegger? c) bronzeador/protector solar?...), este espectáculo situa-se (ou deriva...) numa confluência de linguagens que, de certa forma, reflecte um conjunto de modos possíveis 
de sobrevivência e comunicação no espaço urbano contemporâneo.

O texto original de João Pedro Domingos d’ Alcântara Gomes é escutado através de auscultadores sem fios e é assumido neste espectáculo como uma leitura mas também como uma emissão radiofónica ((...)telepática...) e uma partitura.

Neste espectáculo procuramos formas de interacção, associação e dissociação entre o gesto e a palavra. Nesta pesquisa, o conjunto serviu como matéria de reflexão, transformação e criação de códigos específicos. O movimento, a manipulação de objectos e imagens, configuram-se numa linguagem poética e plástica, na procura de uma eloquência do corpo.

Igor Gandra,Teatro de Ferro