Direção artística Jorge Castro
A nossa voz não se reduz à articulação de palavras; pelo contrário, a formação de palavras representa o mínimo das nossas capacidades vocais. As canções religiosas, de trabalho, ou de diversão, transversais ao tempo e à geografia, manifestam a necessidade humana de vocalizar o que está para além das palavras.
Se temos esta necessidade enraizada, o que nos impede de cantar? Há a impressão de que a capacidade de cantar é um dom concedido a poucos, enquanto o resto da humanidade permanece muda nesta dimensão. No entanto, na voz normal que não consegue cantar, não existe nenhum impedimento neurológico ou físico.
Para despertar a nossa voz cantada iremos explorar os vários aspectos da voz livre – imaginação, melodia, ritmo, expressão emocional – envolvendo todo o corpo na criação sonora.
Não nos limitaremos a interpretar repertório vocal já existente, mas experimentaremos também criar e registar as nossas próprias melodias, colocar texto numa melodia existente, etc. Assim, o repertório do coro será parcialmente criado pelos próprios coralistas.
Fátima Fonte
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